Hoje foi ao ar a primeira parte que gravei com o Dr. Celso Lopes, médico do ambulatório de vitiligo da Universidade Federal de São Paulo, sobre vitiligo. A ideia da série é tirar duvidas sobre tratamentos, a melhor forma de conviver com a doença, o que é e quais cuidados devemos ter.
Nesse video ele conta o que é vitiligo, porque os pelos ficam brancos, se tem como o corpo ficar 100% branco como o do Michael Jackson, se existe cura, se o fator emocional influencia na evolução da doença… entre outras dúvidas frequentes.
A série vai ao ar nas terceiras terças-feiras do mês e são 5 episódios.
Se você ainda não conhece o canal do Youtube corre lá! Se gostar, não deixe de seguir, compartilhar, comentar. Vamos combater juntos o preconceito e ajudar a esclarecer dúvidas sobre o vitiligo! MINHA SEGUNDA PELE
Foto: Andreza Pinheiro
Marcelo Fiammetti
Olá Bruna, sou o Marcelo Fiammetti. Tenho vitiligo desde 2009, que desencadeou depois de perder minha mãe que sofria de câncer e Alzheimer e de ser punido injustamente no trabalho. Fiz algumas sessões de uvb no rosto, mas depois meu convênio cortou o tratamento. Ouvi piadas das minhas manchas e comentários que isso não era nada, só estético. Comecei a fazer terapia e não parei mais. Ajuda muito, pois dou ansioso e estressado, o que faz com que meu vitiligo evolua. Meu alicerce é minha família é minha fé. Um abraço. Não estamos sozinhos.
Bruna Sanches
Você me contando sua história parece a minha! o que sofremos de piadas e ao mesmo tempo pessoas diminuindo sua dor com “não é nada” é muito dificil, ainda mais no nosso caso que o emocional está totalmente ligado com a nossa doença.
Família, amor, fé nos ajuda muito se não se sentir estranhos no ninho né?
um grande abraço e bem vindo ao blog! <3
Fatima
Ainda não sei o que sinto de verdade… acho que ainda não dei (ou não quis dar) a real importância que isso teve pra mim! Quando mais nova sempre olhei as pessoas com dó por terem vitiligo, e falar esse nome então, até hoje tenho dificuldade… já passei por tantas coisas, tantas situações difíceis , acidentes que me deixaram marcas e nunca me lamentei por nada, acho que isso que me dá força para seguir sempre em frente e ser feliz! Pra mim ainda é tudo muito novo, fico muito feliz de ver pessoas como você ajudando o próximo a superar esse ‘trauma’ que a vida nos deu! Obrigada!!😘
Bruna Sanches
Oi Fatima, nossa eu também olhava com dó quando criança, e morri de medo de ter vitiligo, acredita?
Que lindo ler isso! muito obrigada, faço com todo amor, porque sinto na pele a dor.
Esse final de semana conversei sobre o projeto em um retiro e foi super legal, lá reforçaram que a arte ajuda muito a não se sentir um “vitiligo ambulante”, e que não é um defeito ter, é uma característica. Contar a minha história, fotografar as manchinhas me ajudou muito a resignificar a doença e reforçar que veio em mim com uma missão e transformar em força, beleza e um caminho para inclusão mesmo depois da dor que me causou.
Você não está sozinha! <3
Marcelo Fiammetti
Quando fui diagnosticado com vitiligo e minhas manchas no rosto se destacavam notei que na rua e no Metrô as pessoas me olhavam como se eu tivesse hanseníase. Então escrevi o seguinte:
Não sou santo mas também não sou vilão,
Eu tenho vitiligo mas não sou aberração,
Isso é preconceito, é discriminação,
Então me abrace, cumprimente, pegue na minha mão,
Eu continuo ser humano, continuo cidadão.